Monday, July 27, 2020

A viagem negra dos Paradise Lost (resumo discografia)

32 anos depois do nascimento em Halifax, Reino Unido, os Paradise Lost lançam o seu décimo sexto disco, “Obsidian”, e mostram que ainda estão bem fortes e relevantes.

A viagem começou em “Lost Paradise” (1990), mas foi em “Gothic”, de 1991, que a banda pega na herança de uns Celtic Frost e lança as fundações de um novo estilo, o Gothic Metal.

A locomotiva do PL arranca no Doom/Death Metal e leva consigo duas outras bandas importantes nos idos anos 90, Anathema e My Dying Bride, os famosos Peaceville Three, pois as três bandas faziam parte do plantel desta reconhecida editora.

O caminho teve várias mudanças de direcção. O Doom dos dois primeiros discos materializa-se em “Shades Of God” com o hino “As I Die”, mas tem a primeira grande viragem em ”Draconian Times”, de 1995, provavelmente o disco com mais sucesso da banda.

Eu entro no comboio em “Symbol of life” de 2002, mas rapidamente me apaixono pelo passado da banda. A canção “Gothic” foi essencial nessa descoberta, mas o disco “One Second”, de 1997, foi amor á primeira vista. Curiosamente é um dos discos mais “odiados” pelos fãs mais tradicionais. Cancões como “Say Just Words” ou o tema titulo “One Second” foram marcos no meu crescimento, a orientação “á Depeche Mode” que o disco apresenta sempre me fascinou.

O décimo álbum, homónimo por sinal, é outro dos meus favoritos, embora me pareça que passou um pouco ao lado, é um clássico do princípio ao fim.

Pelo meio há “Host” de 1999 e “Believe in Nothing” de 2001, uma pérola do qual Greg Mackintosh (guitarrista da banda) diz que para ele não existe, muito graças às imposições da EMI, a casa da altura.

É então que este comboio negro regressa ao seu caminho mais pesado, com “In Requiem”, “Faith Divides Us- Death Unites Us”, o disco que mais destaco desta fase, “Tragic Idol”, “The Plague Within” e “Medusa” de 2017, talvez o mais pesado de todos.

Outra das coisas que mais me fascinou nesta banda foi a consistência da sua formação, o núcleo duro é composto por Nick Holmes na voz e Greg Mackintosh na guitarra, e tem como fiéis escudeiros Aaron Aedy na outra guitarra e Steve Edmondson no baixo.

Os 4 membros fundadores já viram passar pela bateria vários nomes, dos quais destaco Jeff Singer, Adrian Erlandsson e o actual dono do posto Walther Vayrynen, o mais completo de todos, a meu ver.

O ultimo apeadeiro é “Obsidian”, um verdadeiro disco “á Paradise Lost”. É o melhor disco de Gothic Metal escrito nos últimos 10/15 anos. Ouçam a faixa “Ghosts” e vejam do que falo.

A viagem dos Paradise Lost não parece ter fim á vista, e nós agradecemos isso.

http://paradiselost.co.uk/ 

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Pedro Pereira


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