32 anos
depois do nascimento em Halifax, Reino Unido, os Paradise Lost lançam o seu
décimo sexto disco, “Obsidian”, e
mostram que ainda estão bem fortes e relevantes.
A viagem
começou em “Lost Paradise” (1990),
mas foi em “Gothic”, de 1991, que a
banda pega na herança de uns Celtic Frost e lança as fundações de um novo
estilo, o Gothic Metal.
A locomotiva
do PL arranca no Doom/Death Metal e
leva consigo duas outras bandas importantes nos idos anos 90, Anathema e My Dying Bride, os famosos Peaceville
Three, pois as três bandas faziam parte do plantel desta reconhecida
editora.
O caminho
teve várias mudanças de direcção. O Doom dos dois primeiros discos
materializa-se em “Shades Of God” com
o hino “As I Die”, mas tem a primeira
grande viragem em ”Draconian Times”,
de 1995, provavelmente o disco com mais sucesso da banda.
Eu entro no
comboio em “Symbol of life” de 2002,
mas rapidamente me apaixono pelo passado da banda. A canção “Gothic” foi essencial nessa descoberta,
mas o disco “One Second”, de 1997,
foi amor á primeira vista. Curiosamente é um dos discos mais “odiados” pelos
fãs mais tradicionais. Cancões como “Say
Just Words” ou o tema titulo “One
Second” foram marcos no meu crescimento, a orientação “á Depeche Mode” que
o disco apresenta sempre me fascinou.
O décimo
álbum, homónimo por sinal, é outro dos meus favoritos, embora me pareça que
passou um pouco ao lado, é um clássico do princípio ao fim.
Pelo meio há
“Host” de 1999 e “Believe in Nothing” de 2001, uma pérola do qual Greg Mackintosh
(guitarrista da banda) diz que para ele não existe, muito graças às imposições
da EMI, a casa da altura.
É então que
este comboio negro regressa ao seu caminho mais pesado, com “In Requiem”, “Faith Divides Us- Death Unites Us”, o disco que mais destaco desta
fase, “Tragic Idol”, “The Plague Within” e “Medusa” de 2017, talvez o mais pesado
de todos.
Outra das
coisas que mais me fascinou nesta banda foi a consistência da sua formação, o
núcleo duro é composto por Nick Holmes na voz e Greg Mackintosh na guitarra, e
tem como fiéis escudeiros Aaron Aedy na outra guitarra e Steve Edmondson no
baixo.
Os 4 membros
fundadores já viram passar pela bateria vários nomes, dos quais destaco Jeff
Singer, Adrian Erlandsson e o actual dono do posto Walther Vayrynen, o mais
completo de todos, a meu ver.
O ultimo
apeadeiro é “Obsidian”, um verdadeiro
disco “á Paradise Lost”. É o melhor disco de Gothic Metal escrito nos últimos
10/15 anos. Ouçam a faixa “Ghosts” e vejam do que falo.
A viagem dos
Paradise Lost não parece ter fim á vista, e nós agradecemos isso.
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Pedro
Pereira
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